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Jornada de Formação Alerta para o Vício da Internet

05/06/2019 09:27:24

A Cáritas Arquidiocesana de Porto Alegre - SAS promoveu no dia 13 de abril/19 uma jornada de convivência e formação pessoal para seus servidores. A atividade iniciou com palestra do Assistente Eclesiástico, Pe. Flávio Steffen. Ele destacou a importância do cultivo da fé e da realização de gestos concretos para colocar em prática a confiança em algo maior, independente das crenças pessoais. O sacerdote explicou ainda o significado dos sacramentos e convidou os servidores da instituição para constituir um grupo para aprofundar o tema e realizar a preparação para os sacramentos.
Na segunda parte da manhã aconteceu palestra com a psicóloga Daniela Neves Santos. Ela é especialista em saúde pública e vícios na internet. Ela acentuou a importância das relações interpessoais no ambiente de trabalho e a compreensão de que mesmo com todo o avanço da era digital as pessoas ainda são seres humanos, que respiram, alimentam-se, trabalham e precisam do contato interpessoal. A psicóloga lembrou da importância de cada pessoa conhecer a sua história e a partir dela construir o seu caminho. "Não é porque alguém tem uma história de vida difícil que terá de construir uma história igualmente turbulenta".
Daniela destacou os riscos da dependência da internet e das redes sociais. "Os sinais de dependência são constatados quando a pessoa vai perdendo o interesse na vida e tudo se resume ao uso da internet". As consequências são desastrosas porque o isolamento emocional e o contato interpessoal ficam prejudicados. "A alienação é gradativa e a pessoa tende a ter dificuldades em interagir com o outro que não seja através da internet". Ela ressalta que quem precisa usar a internet no trabalho, como instrumento para contatos e práticas profissionais não necessariamente possui a doença.
Para a especialista, o conflito se instala quando o sujeito começa a ficar inquieto, agitado e bastante incomodado em não ter condições de acessar a rede, o que causa muito sofrimento. Entre os sintomas evidentes está a atitude de deixar de lado a responsabilidade do dia a dia para ficar conectado. "Carência, insegurança, vida solitária, dificuldade em lidar com frustrações, fobia social, baixa autoestima e depressão constituem o perfil de indivíduos mais propensos a desencadear o transtorno, pois encontra no mundo virtual amparo para seus conflitos emocionais".
Outro ponto que contribui para o vício é a falsa ideia de que você pertence a um grupo. "A possibilidade de interagir com todos ao mesmo tempo e até com pessoas de outros países fomenta a fantasia do ciberviciado”. Na atividade, ela insistiu na importância do contato interpessoal e a prática do diálogo com as pessoas como atitudes que conduzem ao equilíbrio e a realização pessoal.
A psicóloga acentuou ainda o significado de viver, conviver e trabalhar em grupo, sentindo-se parte de uma ação institucional, aceitando as diferenças e contribuindo para o crescimento de todos os que integram o grupo. "É necessário respeitar as individualidades que são próprias de cada ser humano, porque todos somos parte da engrenagem que faz a vida acontecer".

Formação proporcionou motivação às atividades da instituição